desembarco nas costas
meu barco de papel escrito em outro idioma
lança âncoras maduras repletas de bichinhos de frutas
meus pés mergulham na água e se embriagam
tomam rumos e desmaiam
sinto as marcas das esporas nas costas
falésias retorcidas pelo vento
queloides que o mar não consegue engolir
navego na mesma esfera onde o sol se apaga
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