desconhecida
na ponta do pés
e não consigo alcançar meu coração
ele subiu na esperança de enxergar
alguém que nunca mais vai voltar
meu corpo apodrece antes de mim
apodrece antes do meu fim
raizes atravessam o meu corpo
prova que ainda não estou morto
não sei o que buscam essas raízes
regadas por lágrimas
enquanto isso vou nascendo
antes de me tornar semente
quinta-feira, 30 de julho de 2009
POEMA DE G.VIEIRA
REPOÉTICA
porque sou poeta
jogo palavras como dardo
escrevo poemas à foice
pra arrancar flores
e botões da camisa
suja de abraços
a quantas braças do sentir
a tantos nós de mim - poesia
mar que me seca e alarga
entre coisas que sempre
vou desaprender
porque sou poeta
jogo palavras como dardo
escrevo poemas à foice
pra arrancar flores
e botões da camisa
suja de abraços
a quantas braças do sentir
a tantos nós de mim - poesia
mar que me seca e alarga
entre coisas que sempre
vou desaprender
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
dia agnóstico
chega o momento
em que o remédio
não faz mais efeito
os exames trazem
mais dúvidas que certezas
o momento em que é preciso abrir
e depois de aberto
descobrir que o caso
não é mais operável
chega o momento
em que é preciso dizer
o que ninguém quer falar
ouvir o que ninguém quer escutar
dizer o que ninguém quer dizer
chega o momento
em que questionamos à vida
e ela sai à procura da resposta
e nunca mais volta
chega o momento
em que o remédio
não faz mais efeito
os exames trazem
mais dúvidas que certezas
o momento em que é preciso abrir
e depois de aberto
descobrir que o caso
não é mais operável
chega o momento
em que é preciso dizer
o que ninguém quer falar
ouvir o que ninguém quer escutar
dizer o que ninguém quer dizer
chega o momento
em que questionamos à vida
e ela sai à procura da resposta
e nunca mais volta
segunda-feira, 20 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
boaconha
uma ramagem de canabis sativa
tatuada nas costas de uma mulher
lembrou-me de um antigo poema
no qual eu descrevia ervas medicinais
lembrou-me de uma namorada
que me deixou plantado na praça leningrado
sob rega de lágrimas
lembrou-me das várias fomes do não
a vida
que sempre me tratou bem
mesmo sem me conhecer
- como deveríamos tratar a todos -
me faz lembrar de coisas
que eu nunca deveria esquecer
tatuada nas costas de uma mulher
lembrou-me de um antigo poema
no qual eu descrevia ervas medicinais
lembrou-me de uma namorada
que me deixou plantado na praça leningrado
sob rega de lágrimas
lembrou-me das várias fomes do não
a vida
que sempre me tratou bem
mesmo sem me conhecer
- como deveríamos tratar a todos -
me faz lembrar de coisas
que eu nunca deveria esquecer
terça-feira, 14 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
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FOLHAS SOLTAS
raramente grampeio as páginas deixo as folhas soltas espero o vento quem sabe palavras venham junto
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minha baixa imunidade não me permite tocar as palavras esse meu silêncio pelo que me lembro antecipa meus ossos gostaria de ve...
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para o amor não sei quantas pessoas para a dor mais ainda não sei contar para outras coisas mas sei que são muitas
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a lua ao fundo antes da lua a árvore com seu vestido verde e sapatos escuros entre os cabelos da árvore a lua ao fundo ou a ...