ao não
meu talvez
ao sim
meu não sei
ao princípio
o meu não
ao fim
o meu chão
quarta-feira, 29 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
PROVA DE AMOR
disseram-me: sentirás todo o sabor do mundo, inclusive.
disseram-me. minha fome e minha sede separados do corpo após a queda disseram não sentirás nenhuma dor
pudera os nervos deixados pelo caminho antes do início
disseram, disseram... amar e não ouvir eu vos digo
MADRIGAL
o vale
o lago
a casa
o caminho de pedras
os bichos
o cheiro do mato
o céu sem nuvens
o tempo paralítico
a poesia desnecessária
o lago
a casa
o caminho de pedras
os bichos
o cheiro do mato
o céu sem nuvens
o tempo paralítico
a poesia desnecessária
terça-feira, 14 de abril de 2009
CEGUE DORES
para G.Vieira
segui os passos do mundo
me desencontrei
me vi chegando absurdo
me calei
aos passos
sapatos do destino
grosso intestino
me aprisionei
aos poucos
soldei o pranto
à face perdida
me retirei
segui amores
curtume invertido
couro de flores
estiquei
sofri dores
cores de fato
luzes do tato
ceguei
seque dores
a mola que me empurra
amola minha ausência
me cortei
segui os passos do mundo
me desencontrei
me vi chegando absurdo
me calei
aos passos
sapatos do destino
grosso intestino
me aprisionei
aos poucos
soldei o pranto
à face perdida
me retirei
segui amores
curtume invertido
couro de flores
estiquei
sofri dores
cores de fato
luzes do tato
ceguei
seque dores
a mola que me empurra
amola minha ausência
me cortei
sexta-feira, 10 de abril de 2009
sombra transitória
sob a tua vulva
planto minha sombra
derramo o meu concreto
ergo colunas com meu gozo
teus galhos retorcidos
em minhas costas
o fruto do mundo
o morder sem vontade
a fonte dilatada
planto minha sombra
derramo o meu concreto
ergo colunas com meu gozo
teus galhos retorcidos
em minhas costas
o fruto do mundo
o morder sem vontade
a fonte dilatada
o arrepio tardio
queira meu corpo
desfaça meu saber
falar com a pele
sussurre sementes no campo devastado
saiba das flores que reguei
usando as minhas digitais
o perfume do meu sonho
arrebentou os botões
o corpo solto o sopro solto
não queira que eu não seja ninguém
o impossível no teu envoltório
sou eu querendo ser água
preencho todas a curvas
queira meu corpo
desfaça meu saber
falar com a pele
sussurre sementes no campo devastado
saiba das flores que reguei
usando as minhas digitais
o perfume do meu sonho
arrebentou os botões
o corpo solto o sopro solto
não queira que eu não seja ninguém
o impossível no teu envoltório
sou eu querendo ser água
preencho todas a curvas
do universo ao leu
teu períneo é o meu céu
teu períneo é o meu céu
poro que exploro
suor de amor não tem sal
tem sul
tem o peso de dois corpos
ou mais
tem a cor que o amor precisa
imprecisa
não escorre nem poreja
não evapora
apavora
suor de amor não tem hora
agora
tem sul
tem o peso de dois corpos
ou mais
tem a cor que o amor precisa
imprecisa
não escorre nem poreja
não evapora
apavora
suor de amor não tem hora
agora
POEMA DE G.VIEIRA
DO QUE RESTAMOS
Para Sergio Lima Silva
o tempo passa
ameixas, amoras
saboreio ócios
do ofício de ser
- viver deplora
o tempo passo
em falso pendor
do ser que devoro,
cogito fugas
- viver deflora
Para Sergio Lima Silva
o tempo passa
ameixas, amoras
saboreio ócios
do ofício de ser
- viver deplora
o tempo passo
em falso pendor
do ser que devoro,
cogito fugas
- viver deflora
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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O PASSADO
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