poesia
e todas as luas do mundo
guardadas no bolso
entre elas
um gesto esquecido
talvez um adeus
talvez um pedido
talvez um fim
do tamanho do não
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
PRESENTES
as flores murcham
como os gestos
não há nada a oferecer
que não vá murchar
perfumes
gestos
palavras
amor
tudo irá murchar
só me resta
oferecer o esperar
como os gestos
não há nada a oferecer
que não vá murchar
perfumes
gestos
palavras
amor
tudo irá murchar
só me resta
oferecer o esperar
MEDO DE VOLTAR
simplório gesto
de medir o ar
usando o sol
respire-se por dentro
vou colar brisas
no meu
medo imaginário
vou ter espasmos
fora do corpo
levitar a insônia
marcar com estrume
onde nunca pensarei
abraça-me
porque nunca
vou chegar
de medir o ar
usando o sol
respire-se por dentro
vou colar brisas
no meu
medo imaginário
vou ter espasmos
fora do corpo
levitar a insônia
marcar com estrume
onde nunca pensarei
abraça-me
porque nunca
vou chegar
terça-feira, 27 de abril de 2010
CANTO DA CABEÇA
nas segundas-feiras
minha cabeça fecha
o que restou de mim
talvez escombros
nunca tive
alicerce
paredes foram erguidas
durante o sonho
os pesadelos constroem
as palavras que pronuncio
nos outros dias
minha cabeça alerta
minha cabeça fecha
o que restou de mim
talvez escombros
nunca tive
alicerce
paredes foram erguidas
durante o sonho
os pesadelos constroem
as palavras que pronuncio
nos outros dias
minha cabeça alerta
quinta-feira, 15 de abril de 2010
EPITÁFIO
todo o momento
em que tentei morrer
consegui o meu intento
hoje me contento
com a morte permanente
essa é a minha vida
daqui pra frente
em que tentei morrer
consegui o meu intento
hoje me contento
com a morte permanente
essa é a minha vida
daqui pra frente
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DEPOIS QUE MORREM
sei para onde vão as mães depois que morrem a saudade forma um túnel e a luz que vem em sentido contrário as transformam em cinz...
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todo mundo dói no meu sexo labirinto sem segredos todo sexo dói no meu mundo
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Veia aberta a página em branco é o abismo do poema margens se preocupam debalde o sangue no poema nunca seca quando muito assusta corre por ...
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para Iri se fosse permitido à beleza ter algum sabor a língua não alcançaria ficaria restrito à língua o sabor da palavra que mo...