a flor da pele e seus laçosnenhum arbusto é calmotoda folha tem seu fimé vasto o segredo de um abraçohá lábiospulsos váriospoços inúteisdesenlacesmesmo assimnão deixe para o fim
ângulo rasodaí não dá pra ver meu rostoa poesia escorre pela faceonde termino onde começoesse é o meu disfarce
poema da libertaçãonão sinto o que querosinto que não quero sentirquem me mordenão me marcanem me mastigasequer me engolequero que me esqueçamnecessito que me esqueçammas o que me calacrava minha sombrana palavra
VANINAsuicidou-se no meu banheiroonde não havia espelhosnão viu o que feznem as doresque o espelho sentequando reflete
guarda-chuvasobre as nossas cabeças nuvens de concretoformas diferentes em cada ângulocarneirinhos pulando raiossonho acordado de bailarinaabro o guarda-chuva sem pressadeixo a primavera fugirmeu corpo me orientaenquanto chovopessoas são poçasonde posso existir
FAXINAdeu-se que deusme deu o dom da blasfêmiadeclineiprefiro jogá-lo sob o tapetecomo faço com todas ascoisas sujas queencontro pela casa