meus pés ainda não estão virados para a rua
transfiro o meu corpo para o sonho de alguém
mas não me mostro
pareço uma sombra que se confunde com uma árvore
meus frutos são enxutos
porém repletos de sangue
crescem a cada olhar
e dos olhos partem um sono que goteja
retorno meu corpo para onde não há portas
permaneço para sempre do lado de fora
as horas se transformam em meu esqueleto
o tempo é amigo dos segredos
tudo que eu sei não cabe em todas as palavras
espero que meus pés virados para a rua
suspendam as janelas
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