quarta-feira, 31 de outubro de 2018

OS OSSOS DA MINHA MÃE


os ossos da minha mãe
não são mais virgens
tocados por esse poema
encontram uma poeira inesperada
a poeira da falta
brota por dentro
parece um sentimento
mas longe disso
é física
possui raízes transparentes
e um esquisito espírito
repleto de veias e luzes
espaços e cruzes
e em cada uma delas
meu corpo pregado me espera
chegar com as flores que posso sangrar
com as lágrimas que posso regar
alargar a distância do medo
até formar um novo esqueleto


Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito.

O PASSADO

 O OP OPA OPAS OPASS OPASSA OPASSAD OPASSADO O PASSADO OPASSADO PASSADO ASSADO SSADO SADO ADO DO O