segunda-feira, 25 de novembro de 2019

QUANDO SOU ANJO




finjo que sou anjo quando bato as asas
acordo o pranto coberto pela poeira
mostro do que é feita a memória
fingimentos longe da história

quando bato as asas pensam que sou anjo
abrem a porta da gaiola
quando estou livre não sei mais fingir

minhas asas não cabem no mundo
cruzo os céus sem saber onde dor
pouso no abismo sem fundo

Nenhum comentário:

DEPOIS QUE MORREM

  sei para onde vão as mães depois que morrem a saudade forma um túnel e a luz que vem em sentido contrário as transformam em cinz...