quinta-feira, 16 de outubro de 2025

JAULA

 o que o vizinho faz

com a minha angústia

não me diz respeito

 

abro o peito

na esperança da fuga

do coração enjaulado

 

debalde

ele se esconde

no lugar onde não existo

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SOPRO

  poetas fingem destinos criando o que ninguém vê   cobrem de palavras o sopro que apaga o silêncio