quarta-feira, 9 de setembro de 2015

DESCENDO AS ESCADARIAS

desço as escadas lentamente
a alma do cimento
virou concreto
as flores se alongam tentando me tocar
e o máximo que conseguem é atingir o meu olhar
meu passo é falho
não vai na mesma direção do vão
mal alcança o chão
meu corpo flutua
ou misturado ao concreto
sente nas costas o meu descer da escada


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FOLHAS SOLTAS

  raramente grampeio as páginas deixo as folhas soltas espero o vento   quem sabe palavras venham junto