o mal não evapora
mesmo encalhado
não desce entre as frestas
o mal não tem pressa
não se represa
inunda sem molhar
afoga mas deixa o ar ainda circulando por alguns momentos
sem entender o idioma dos pulmões
o mal não evapora
amontoado ao lado do sal entre o sorriso e a areia
espera o desembarque sem frio
oferece o casaco com o bolso repleto de arrepios
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