um homem sozinho
constrói pontes de papel
e ao mesmo tempo
constrói o rio e o céu
escorre como quem viaja
seu peito sonoro divide a tarde
entre um passarinho aguado
que nada
entre um peixe areado
que flutua
na sua face
o vinco do mundo
parece acordado
no corpo ao seu lado
paisagens de sonho
que nunca começa
procura por uma cabeça
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