planto minha sombra
derramo o meu concreto
ergo colunas com meu gozo
teus galhos retorcidos
em minhas costas
o fruto do mundo
o morder sem vontade
a fonte dilatada
o arrepio tardio
queira meu corpo
desfaça meu saber
falar com a pele
sussurre sementes no campo devastado
saiba das flores que reguei
usando as minhas digitais
o perfume do meu sonho
arrebentou os botões
o corpo solto o sopro solto
não queira que eu não seja ninguém
o impossível no teu envoltório
sou eu querendo ser água
preencho todas a curvas
queira meu corpo
desfaça meu saber
falar com a pele
sussurre sementes no campo devastado
saiba das flores que reguei
usando as minhas digitais
o perfume do meu sonho
arrebentou os botões
o corpo solto o sopro solto
não queira que eu não seja ninguém
o impossível no teu envoltório
sou eu querendo ser água
preencho todas a curvas
do universo ao leu
teu períneo é o meu céu
teu períneo é o meu céu
Um comentário:
"sombra transitória" é uma carpintaria de emoções, sinestesia pura. Louvado seja esse modo de sentir do poeta.
Amém!
G. Vieira
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