estou cansado da praça poética
tenho pressa e palavras me engolem
pessoas passam ao longe
mais perto do que eu quero
fodem o incêndio com suspiros
quero as cinzas
minha alma de vagar nunca encontra
estou cansado da graça poética
quero espinhos definindo o meu mamilo
a boca do vampiro na auréola
esgarçando artérias
estou cansado
meu corpo com o teu
forma um escombro
para algum poema
seremos removidos
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