segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

MINHA PALAVRA



minha palavra curva
não preenche o que pretende
reta não se atura
linha que sutura o silêncio
inábil sangue que se diz um sábio
e foge como um incêndio

minha palavra larga
não se apega à altura
queda anunciada sem amparo
corpo que derrama pelo furo

minha palavra calma
não sai da boca do futuro
perece junto com o que fala
parece a argamassa do escuro

Nenhum comentário:

DEPOIS QUE MORREM

  sei para onde vão as mães depois que morrem a saudade forma um túnel e a luz que vem em sentido contrário as transformam em cinz...