minha palavra curva
não preenche o que pretende
reta não se atura
linha que sutura o silêncio
inábil sangue que se diz um sábio
e foge como um incêndio
minha palavra larga
não se apega à altura
queda anunciada sem amparo
corpo que derrama pelo furo
minha palavra calma
não sai da boca do futuro
perece junto com o que fala
parece a argamassa do escuro
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