esperando soluços
a casca da espera
irrompe a planta dos pés
quando eu falava
nem havia palavras
eu te espero
como escuro
é o mesmo
desespero
quando eu falava
nem havia boca
a espera oscula o fácil
mastigar sem cuspe
quando eu falava
nem ouvia
queriam escrever minha culpa
porém não tenho pele
uso apagar sem mostrar
ouso escrever sem me dar
as árvores que me deram as costas
agora se agacham
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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