eu sempre quis ter um sonho portátil
um daqueles que a gente carrega no bolso
daqueles que a gente perde fácil
esquecido sobre a mesa
sobre um banco da praça
num ônibus
um daqueles sonhos colados no olho que não abre nunca
daqueles que dispensam a cabeça
um daqueles em que acordar
não vai fazer a menor diferença
eu sempre quis ter um sonho portátil
assim eu poderia mostrar para qualquer um
que o tamanho do sonho não importa muito
nem seu peso
importa que ele possa ser instalado em qualquer canto
sem tomadas e sem fios que o prendam a um local determinado
um local onde não haja espaço
um sonho portátil sem começo
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