um ralo
com vinte e quatro furos
cobrindo o furo maior
sou um ralo
com nove furos
cobrindo um ralo menor
a precisão da minha água
não dá em nada
não lava
não vale a vala
que cava
a precisão é turva
deságua seca
sem curva
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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SOPRO
poetas fingem destinos criando o que ninguém vê cobrem de palavras o sopro que apaga o silêncio
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para o amor não sei quantas pessoas para a dor mais ainda não sei contar para outras coisas mas sei que são muitas
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tá difícil o mundo quando parece que vamos engolir destempera e em seu lugar vai a nossa carne a parte longe dos ossos p...
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