um dia a máquina vai parar de funcionar
e eu não vou puder fazer nada
principalmente eu não poderei fazer nada
ninguém poderá fazer nada
a paralisação dessa máquina
não consta no manual de instrução
não há como reaproveitá-la
algumas vezes uma peça ou outra
dependendo do modo de paralisação
e por ser uma máquina quase imperceptível
cria alguns laços
e são laços que vão provocar
o desfazimento da carcaça
é necessário desocupar o espaço
e pensar que a máquina agora extinta
vai funcionar em outro tempo
de outra maneira
fora do alcance das que ficaram
talvez nunca mais funcione
e vá acumulando tempo sobre a sua superfície
em forma de ferrugem
e para que este espetáculo não seja visto
outras máquinas nominam as máquinas de gente
e as enterra como se ao enviá-las para o escuro
fizessem nascer sob a terra
algum tipo de muro
onde não mais existisse o futuro
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
ESPERANÇA
quem já foi soldado sabe como se abre um corpo como sabe um pescador como se abre um peixe entre as guelras alguns segundos de e...
-
minha baixa imunidade não me permite tocar as palavras esse meu silêncio pelo que me lembro antecipa meus ossos gostaria de ve...
-
a vida corre mais rápida que nós precisamos encontrar a velocidade da flor e ficar
-
a lua ao fundo antes da lua a árvore com seu vestido verde e sapatos escuros entre os cabelos da árvore a lua ao fundo ou a ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário