o aparelho que me mantém respirando
está com os dias contados
sinto seus olhos pela metade
suas mãos coladas à parede
seus fluidos dissipando-se pelas janelas
gostaria de falar para ele tudo isso
mas entre o meu pensamento e as palavras
há um tubo
e um estranho peso impede que eu me mova
algo mais pesado que a vida
sopra um vento que tremula o meu couro
não alcanço o botão que desliga o aparelho
meu braço mais curto que a vontade
faço melhor
busco a energia que o mantém ligado
e a engulo
agora meu estômago elétrico
digere o silêncio que procuro
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
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