não tenho cuidado
muito de mim
me deixo exposto
antes do nervo
me vejo em setembro
antes de agosto
não tenho cuidado
atravesso o estrago
pelo meio da estrada
formo o lago
sem nem ter água
não tenho muito
cuidado com
o que mostro
parece meu corpo
exumado esse pó
enlatado
não tenho
meu bolso
costurado na veia
repleto de idéias
minha cabeça
aos pedaços
não fica
velha
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