flutuo
estou preso
à atmosfera poética
sou um astronauta
patinando num trilho de luzes
assumo
carrego a vida pendurada no pescoço
como uma tela onde um filme
em preto e branco e mudo
desvenda palavras
o mundo debelo
municio de cores
as mãos de um cego
e o guio até a escuridão
segunda-feira, 29 de abril de 2013
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