A doença imaginária
Eu sou o cabelo de chumbo
que viaja de astro em astro
que se tornará em cometa
e num ano e num dia te destruirá.
Mas por enquanto não há dias nem anos
existe apenas uma planta viçosa
de que desejas ser semelhante
Para ser irmão das plantas
é preciso crescer na vida
ser sólido quando na morte
Ora eu sou somente imóvel
e mudo como um planeta
Vou banhando os pés nas nuvens
que como bocas em volta
me condenam a ficar
entre os que parados estão
e que as plantas desesperam
No entanto um dia
os líquidos revoltados
lançarão para as nuvens
armas assassinas
manejadas pelas mulheres azuis
como os olhos das filhas do norte
E esse dia será dentro de um ano e um dia
terça-feira, 19 de abril de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
DEPOIS QUE MORREM
sei para onde vão as mães depois que morrem a saudade forma um túnel e a luz que vem em sentido contrário as transformam em cinz...
-
todo mundo dói no meu sexo labirinto sem segredos todo sexo dói no meu mundo
-
Veia aberta a página em branco é o abismo do poema margens se preocupam debalde o sangue no poema nunca seca quando muito assusta corre por ...
-
nunca fui bom de contas meu colar de contas sempre foi de pedras ou de perdas da minha cabeça só enxergava o osso nem cabia em meu p...
Nenhum comentário:
Postar um comentário