CANTO XXVIII - A SI MESMO
Repousa para sempre,
Meu coração cansado. O engano extremo
Que acreditei eterno – é morto. Sinto
Em nós de enganos puros,
Não que a esperança: o desejo já extinto.
Dorme até nunca – e o muito
Que pulsaste. Não vale coisa alguma
O impulso teu, nem de um suspiro é digna
A terra: amarga e balda
É a vida, mais que tudo – e lama o mundo.
Aquieta-te, não creias
Numa outra vez. Ao querer nosso o fado
Paga em morte: despreza-te, por fim,
E à natureza, e ao mudo
Poder que – ingente – à comum perda leva,
E à infinita vaidade de tudo.
(Tradução de Renato Suttana)
segunda-feira, 18 de abril de 2011
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