não escolhemos as árvores
que vão cair
elas caem simplesmente
caem sobre as casas
os automóveis
caem sobre as pessoas
caem dos poemas
caem das janelas
caem caem
deixam no rastro
um buraco
suas raízes estranhas
e cansadas
suores de terra e escuridão
logo preenchido
por outra árvore
não escolhemos as árvores
como também não nos escolhem
simplesmente caímos
e deixamos buracos
que nunca mais
serão preenchidos
terça-feira, 11 de junho de 2013
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VELOCIDADE
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