um gato flerta
com os manequins da vitrine
pensa em lambê-los
contenta-se em lamber o vidro
arranha a marca da saliva com a pata
na superfície transparente
aos poucos o vento
apaga o seu desejo
um poema não é uma casa não se exige um terreno onde possa fincar alicerces erguer paredes salpicadas de cimento nem concreto que ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário