na praça
não tão pública
um cavalo descansa
assim me sinto
a mão sobre o asfalto quente
o sol entre as unhas
a vida apertando a cintura
a sela do cavaleiro imaginário
com o qual converso
um idioma formado de desculpas
e outras consoantes mais claras
ele responde
mas não escuto
ouço apenas o meu suor
que sustenta anteparos
o ataque vem por dentro
como todo bom ataque
o inimigo quase parecido comigo
quer a minha morte aos pedaços
eu a pronuncio completa
meu ponto final num coágulo
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