quem não tem delírio
usa o ódio como escudo
e nós que bebemos o dia
como quem bebe uma hemácia
e nos embriagamos com o tédio alheio
e nos mostramos felizes embora mortos
e nos deixamos levar por certas palavras
e nos enforcamos nos galhos ocultos da força
precisamos do ódio pra evitar o silêncio
e gritar aquelas palavras que não nos leva
e vestir a limalha que nos reserva
quem não tem delírio
não tem fama
nem fome
nem a poesia como escudo
terça-feira, 12 de abril de 2011
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Um comentário:
Li vários de seus poemas, Sérgio!
Curioso como eles dialogam entre si: ódio, morte, mágoa.
Um abraço,
Doce de Lira
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