não acontece absolutamente nada
o tédio cria músculos na insônia
o sol arrasta a noite pelos cabelos
alguns fios escapam e cobrem o meu rosto
meu corpo não se aprofunda
quer ter passos onde não há piso
meus sonhos são dos outros
e nem preciso
cabeças alheias ocupam meu pescoço
minha pele se sustenta sem ossos
arroto o gosto do mundo
e não me dou por satisfeito
quando tenho janelas
não tenho olhos
quando tenho olhos
não tenho paisagens
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
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