o outro não é transparente
mas o outro age como se fosse
as veias dos seus sonhos
o sangue por fora dessas veias
o sistema linfático carregando suas sombras
seus segredos de infelicidade e medo
ele pensa que podemos ver tudo isso
e o seu rosto com um aparente sorriso
aprofunda o vão já carregado de água salobra
o mecanismo do abraço falido
é substituído por gritos encardidos
também agimos como se fôssemos transparentes
lançamos nossas tentativas de sorrisos
em meio às lagrimas
e o outro entende absolutamente tudo ao contrário
como também não entendemos
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
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FOLHAS SOLTAS
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