quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CÉU DE BRASÍLIA

furamos o céu de Brasília
nada aconteceu
nem o azul se derramou
nem a lamina se sujou
furamos mais vezes
com fúria rasgamos o céu
esfarelamos nossas forças
e o céu ainda
imóvel
enfileirado no eixo monumental
olha o nosso cansaço
e boceja um bocejo simples
asa na boca do planalto central

Nenhum comentário:

FOLHAS SOLTAS

  raramente grampeio as páginas deixo as folhas soltas espero o vento   quem sabe palavras venham junto