sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Paisagem sem vidro




A poesia cortou a alameda
Pousou nas duas pontas
Depois nas margaridas
Depois na amoreira
A sombra do seu canto
Iluminou a varanda
Pensei ter visto um passarinho
E nem era eu sozinho
Pensei ter visto uma flor alada
E nem era a minha namorada
A poesia fez a curva
E se desfez de mim

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