segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ESQUINA DA MEMÓRIA

o cheiro do pano dobrado
dentro da lancheira
o cheiro de oiti
entranhado na tarde
o caminho repleto de árvores
o sol boiando na chuva
os motivos que fazem o choro
tornar-se uma gargalhada
o joelho ralado
o espinho da laranjeira
rompendo a paz do final da tarde
romãs sem valor
carambolas como petardos
borboletas chamadas pelos nomes
libélulas cruzando o céu de chapéu
esse barulho ensurdecedor
de uma música pousada
na esquina da memória

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