sexta-feira, 9 de setembro de 2011

JAZIGO PERPÉTUO

a poesia é o jazigo perpétuo da agonia
quem tem medo de chorar não cante
quem tem medo de sentir não seja
flores coloridas perfumadas
não interrompem o morto
a cerimônia do adeus é de quem fica
quem tem medo de ter medo
deite-se ao lado do cadáver

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VELOCIDADE

  a vida corre mais rápida que nós   precisamos encontrar a velocidade da flor e ficar