terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

DA LARGURA DOS PÉS

meus lábios de setembro
não pronunciam meses

o barco afundado na terra
murcha as viagens na bagagem
sem o meu consentimento

o dia alarga os meus pés
não são os sapatos
que estão frouxos

é a vida que me larga
nessa caixa sem fundo

Nenhum comentário:

TUTANO

  tá difícil o mundo quando parece que vamos engolir destempera   e em seu lugar vai a nossa carne a parte longe dos ossos   p...