meu avô palitava os dentes com um esmeril
usava iscas de chuva para pescar o passado
quando entupido de saudades
cuspia nas malas e as esquecia
em algum lugar entre a surpresa e o ócio
mordia estrelas até arrotar luz própria
meu avô descia as escadas do absurdo
comigo nos braços e o meu peso
transportava os seus ossos para este asfalto
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
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Um comentário:
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