o amor repousado na mesa
aberto dividido em pedaços
aquela massa colorida
disforme mal revolvida
agarra-se sem laço
e ninguém tem certeza quem segura
e quem está sendo segurado
e qual parte do amor coube
a cada um na partilha
e a porção descobre a boca que a mastiga
mastiga e torna-se saliva e língua
e o que se engole e fala
fica no ar à mingua
Nenhum comentário:
Postar um comentário